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Como começar a Educação Financeira?

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Como ensinar algo que não aprendemos? Como saber qual a melhor idade pra iniciar a educação financeira? Nesse artigo esclareço essas dúvidas para te direcionar nesse pilar tão importante da educação da sua criança.

Recentemente a educação financeira infantil passou a ser pauta mais discutida não somente nas mídias, mas dentro das famílias do país.

Sabemos que a maioria de nós aprendeu na prática, depois de adultos, a olhar para nossa vida financeira. Porém, não possuímos todo conhecimento financeiro para fazer uma boa gestão das nossas finanças. Segundo dados do SPC, somos 62 milhões de inadimplentes. Um dos fatores responsáveis por esse endividamento é a falta de planejamento da vida financeira. E, por incrível que pareça, a solução para esses números está na infância. Quanto antes educarmos nossas crianças sobre como lidar com dinheiro, mais estaremos contribuindo para uma vida financeira adulta saudável.

Educação Financeira vai além dos números e contas. E pode começar cedo. Ela é um caminho que construímos com nossos filhos diariamente. Então, quando devemos começar a educação financeira das nossas crianças?

A resposta é bem abrangente, pois podemos considerar que um bebê a partir dos 4 meses, por exemplo, quando espera alguns minutos para poder mamar já está criando alicerces para uma maturidade financeira quando for adulto. Sim, porque a espera ajuda a criança aprender a controlar a sua ansiedade, por exemplo. E, sabemos que a ansiedade e a necessidade de ter seus desejos atendimentos prontamente é, na sua grande maioria, a armadilha para tomarmos decisões financeiras de maneira errada.

Ajudar nossos filhos a falar sobre seus sentimentos, compreendê-los nas fases do desenvolvimento e guiá-los através das dificuldades que eles encontrarão no caminho são formas de criar um alicerce para ser utilizado nas decisões financeiras futuras.

Além disso, devemos ensiná-los a cuidar do dinheiro e incentivar crenças positivas sobre o assunto. Por volta dos 6 anos, nossos filhos já começam a ter contato com cálculos básicos e podem ser ensinados sobre como ganhamos, gastamos, poupamos e doamos nosso dinheiro. Vale lembrar aqui que a educação financeira é um processo, que deve fazer parte da rotina da criança.

A partir dessa idade podemos introduzir uma das principais ferramentas da educação financeira infantil: a mesada. Mas esse é um tema que podemos explorar em um outro momento.

Como disse, a educação financeira infantil é um processo, e devemos aproveitar situações da nossa rotina para ensinarmos nossos filhos. E isso acontece diariamente, desde que as crianças ainda são bebês. As oportunidades estão permeando nosso dia.

Se você ainda não começou a educar financeiramente seu filho, é possível começar hoje, com dicas simples e que fazem parte do nosso dia a dia:

– Idas ao mercado: esse ambiente é rico em oportunidades. Você pode ensinar sobre a diferença entre caro e barato, sobre o que queremos e o que precisamos e sobre a necessidade de planejamento e organização para programar as compras do mês;

– A preparação de um prato: leve seu filho pra cozinha e aproveite para mostrá-lo como usamos medidas, como devemos nos organizar para cozinhar e como é preciso esperar para que o prato fique pronto;

– Envolver as crianças na organização da casa: vale lembrar aqui que trabalhos domésticos não devem ser remunerados. A criança deve ter responsabilidades dentro da família para aprender seu papel nesse meio, para que possa aprender a se organizar, a pensar no bem comum e a ter zelo pelo ambiente que compartilha. Essas habilidades ajudarão nossos filhos a entenderem seu papel na sociedade quando adultos;

– E por último, aproveite as brincadeiras para educar sobre finanças: Jogos de tabuleiro como banco imobiliário ensinam sobre conceitos financeiros, mas você também pode sugerir brincadeiras do tipo faça você mesmo, por exemplo. Construir um brinquedo de produtos recicláveis ensina sobre sustentabilidade, resolução de problemas, pensamento crítico, planejamento e tantas outras habilidades financeiras, sociais e emocionais que serão a base da construção de um futuro próspero pros nossos filhos.

O importante é que o tema seja abordado rotineiramente em situações simples e de maneira consciente.

E se você tiver qualquer dúvida, conte comigo nessa jornada.

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